O time de Madrid se sagrou campeão espanhol na vitória encima do Villarreal, e ainda contou com tropeço do Barcelona em casa.
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Divulgação/Twitter Real Madrid |
O Real Madrid venceu a equipe do Villarreal ontem (16) e garantiu a taça da La Liga pela 34ª vez em sua história. A equipe do técnico Zinedine Zidane não vencia a liga espanhola desde a temporada 2016/17, quando Cristiano Ronaldo ainda estava no elenco. Faltando duas rodadas para o fim do campeonato, o Real Madrid fora com uma vantagem de quatro pontos para o segundo lugar, Barcelona, e a vitória madrilenha garantiu o título, mas, caso não tivesse vencido, seria campeão da mesma forma, pois o Barcelona perdeu na rodada para o Osasuna.
Desde a saída de Cristiano Ronaldo e de Zidane, o Real Madrid encontrou dificuldades de se manter no mesmo nível de competição que havia chegado nos últimos anos. Apesar de jogadores vitais como Modric, Kross e Sergio Ramos não terem saído de Madrid, a falta de um jogador como Cristiano Ronaldo pesou e dificultou a vida de um time acostumado a vencer. Além disso, Zidane era um mestre em conduzir a equipe e optou por deixar o cargo também, o que fez a equipe perder bastante suas forças e modificar o estilo de jogo.
Lopetegui mal entrou e já fora demitido em 2018. Santiago Solari substituiu Lopetegui e até chegou a utilizar mais peças do elenco e conseguir alguns bons resultados, mas o tamanho da equipe e falta de experiência do treinador pesou. Zidane retornou com dificuldades muito maiores desde que estreou em 2016, mas conseguiu elevar a equipe do Real e trazer de volta um sentimento vitorioso para a equipe, que chegou no ápice nesta temporada com o título da La Liga. Mas, para chegar no título, o Real Madrid se destacou em vários aspectos:
A campanha após a parada para a pandemia
A pandemia de Covid-19 afetou o mundo inteiro, incluindo o mundo esportivo também. A parada para o futebol na Espanha começou no dia 12 de março, quando o Real Madrid estava em um momento irregular na La Liga e havia perdido o primeiro jogo das oitavas de final da Champions League para o Manchester City em casa.
Depois da retomada no dia 14 de junho, a equipe venceu todos os dez jogos que disputou até então. Além disso, contou com o retorno irregular do Barcelona, que conseguiu perder alguns pontos e cair para a segunda colocação. Com 19 gols feitos e quatro gols sofridos, o Real conseguiu se destacar entre todos os times desde a volta do futebol.
A grande sequência madrilenha ganha forças para o jogo da volta contra o Manchester City. Na primeira partida, a equipe de Manchester venceu por 2 x 1 no Santiago Bernabéu e para sair com a classificação é necessário vencer por dois gols de diferença, pois o Manchester tem a vantagem do gol fora de casa.
O técnico tem culpa disso
Apesar do Real Madrid não ser aquela equipe que enche os olhos dos torcedores com um futebol estratégico e diferenciado, Zidane conseguiu dar uma consistência invejável para o time. Na maioria dos jogos, o Real consegue o amplo domínio da partida, sempre utilizando toques rápidos de bola e inversões para pegar o lateral sozinho do outro lado para atacar, e conseguindo marcar os gols na hora certa.
Porém, o grande destaque de Zidane fica por conta das variações de acordo com as peças de elenco que ele possui. Havia partidas que Rodrygo começava, outras Vinicius Jr. iniciava, mas também Isco e Asencio começaram partidas, sempre de acordo com a partida em questão e a proposta de Zidane para o time na partida. O time praticamente não repetia escalações, algo que deixa o adversário despreparado e o elenco totalmente motivado a mostrar serviço.
Com isso, jogadores que estavam em baixa, ou não estavam chamando atenção, começaram a se destacar novamente: Casemiro, o ladrão de bolas do campeonato; Modric, sempre muito importantes nas transições; Kroos, com um passe de qualidade na saída da bola; e Sergio Ramos, firme na defesa e chegando ao ataque também. Zidane trouxe de volta o aspecto coletivo do Real Madrid e conseguiu rodar o elenco e variar táticas, o que foi importante para as vitórias.
Nós precisamos falar sobre Benzema
Ao lado de Cristiano Ronaldo, pouquíssimos entendiam sua importância para a equipe e ainda questionavam sua qualidade como jogador do Real Madrid, mas, para muitos, a mascara caiu nesta temporada, especialmente na reta final da La Liga. O jogador não só teve uma grande atuação individual, constando com 21 gols até então na liga, mas também potencializou os outros jogadores ao seu lado. As deslocações para as laterais para abrir espaço para os pontas infiltrarem, segurar a bola no ataque com o seu físico e criar jogadas individuais pelas pontas foram só alguns de seus feitos.
Além dos seus 21 gols, ainda possui oito assistências e 13 grandes chances de gols criadas. O seu mapa de calor, que mostra o lugar onde mais passa o tempo numa partida, é totalmente variado e bem distribuído por todo campo de ataque. Exemplificando o seu diferencial, outro grande jogador desta temporada, Lewandowski, possui uma mapa de calor muito concentrado na grande área, claro que atuam de maneiras diferentes, mas ambos fazem uma grande temporada.
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