A equipe alemã é campeã da Europa mais uma vez, e com uma campanha de 100% de aproveitamento em toda a competição.
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| Divulgação/Twitter FC Bayern |
Na tarde de ontem (23), domingo, o Bayern de Munique bateu o Paris Saint-Germain por 1 x 0 para garantir o título da UEFA Champions League. O gol da vitória foi marcado por Coman de cabeça, após cruzamento de Kimmich, no segundo tempo. Mas o principal desse título fora a campanha histórica de 100% de aproveitamento - 15 jogos, 15 vitórias.
O que mais surpreendeu a todos foi a força que o time bávaro adquiriu nesta temporada, pois, no início da temporada, a equipe alemã não estava nos holofotes como Liverpool, Manchester City e Barcelona estavam. Mas aqui você entenderá o que fez esse time se transformar numa potência imparável na Europa:
O treinador que mudaria tudo
Apesar do título da Bundesliga na temporada anterior, Niko Kovac sempre foi um alvo de reclamações da torcida por não conseguir tirar o melhor da equipe em partidas relativamente fáceis. Nesta temporada, ele até tentou apresentar algo novo com a chegada de Phillipe Coutinho ao time, mas nem com algumas vitórias expressivas, principalmente contra o Tottenham por 7 x 2, em Londres, conseguiu aliviar a pressão. Kovac foi demitido em novembro após perder para o Eintracht Frankfurt por 5 x 1.
Se as pessoas soubessem o tamanho da importância de Hans-Dieter Flick em ser o sucessor, ninguém acreditaria. O ex-assistente de Joachim Low na seleção alemã era o auxiliar técnico de Niko Kovac, portanto conhecia o elenco e os jogadores muito bem, o que facilitou ainda mais o início de seu trabalho. Nos primeiros jogos, já conseguiu vencer o rival Borussia Dortmund por 4 x 0, porém este não seria o único placar expressivo do Bayern de Hans Flick. Até a parada por conta do novo Coronavírus, foram nove jogos onde o Bayern marcou três gols ou mais de diferença. Sem falar que após a retomada do futebol, o Bayern aplicou outras goleadas simbólicas... Uma delas você lembrar, né?
Enquanto Kovac assumia um jogo mais equilibrado, Hans Flick tornou o Bayern em uma das equipes mais mortais do futebol atual. A equipe tem um futebol bastante ofensivo que gosta de usar os laterais para gerar jogadas de linha de fundo e cruzamentos para a área. Também gostam de acionar os pontas em velocidade, os quais infiltram pelos espaços da linha defensiva adversária e saem prontos para finalizarem ou encontrarem um companheiro melhor posicionado. E tudo isso foi graças ao conhecimento e bom uso dos jogadores do elenco que Flick fizera, dividindo o peso do protagonismo de Lewandowski.
Um elenco de dar inveja
O maior acerto de Hans Flick foi o elenco, o que, justamente, foi um dos principais erros de Kovac. O treinador conseguiu estruturar um estilo de jogo que o agradasse, mas também que conciliasse com os jogadores que havia disponível. Ele optou por um jogo de velocidade? Porque tinha nomes como Gnabry, Alphonso Davies, Coman. Queria o domínio do meio-campo com jogadores com qualidade de passe? Ele tinha Kimmich, Goretzka, Thiago.
Além disso, as mudanças de posições de Kimmich e Alaba mostraram mais ainda o conhecimento sobre os jogadores, porque ambos tiveram grandes temporadas nas novas posições, e ainda deram espaço para Davies brilhar na lateral esquerda e Pavard ajudar mais na marcação pelo lado direito. Sem falar na utilização de Thomas Muller, que antes era mal aproveitado, tornou-se um dos grandes assistentes de todo o time - 21 apenas na Bundesliga.
Aqueles que não tiveram espaço na equipe titular foram, obviamente, para o banco de reservas, mas isso não significa que tal jogador não tenha sido importante. O zagueiro Sule sempre cobria muito bem Boateng, quando este se lesionava; Perisic era uma boa peça estratégica, pois defendia e atacava muito bem; Coutinho sempre entrava no time e conseguia criar situações perigosas, com seus passes e finalizações. Esse foram só alguns, mas quem precisasse entrar não afetaria a engrenagem da equipe alemã, pois Hans Flick conseguiu emplacar um trabalho fundamental para o tão sonhado título da Europa.
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