10 times da NBA para você acompanhar nesta temporada

Times que valerá a pena acompanhar as partidas e se envolver com as narrativas dessa temporada.

os jogadores do Brooklyn Nets na pré-temporada
Reprodução/Sports Hub

Se a crise do novo Coronavírus não conseguiu impedir a temporada passada de ser concluída, quem dirá esta que vai começar. Mesmo que alguns meses atrasada, a bola será levantada pela primeira vez no dia 22 de dezembro, numa temporada com 72 jogos e que acabará antes das Olímpiadas de Tóquio. As 30 equipes retornam para a temporada regular, que não acontecia de forma correta desde março desse ano. 

E para quem lembra como é a temporada regular, sabe a dificuldade de escolher jogos para assistir, visto que são 30 times e muitas partidas acontecendo em poucos dias. Em 2020/21, a NBA terá que acelerar o calendário para caber todos os jogos, ou seja, a oferta de jogos será maior, algo que pode deixar qualquer um perdido.

Essa matéria tem o intuito de dar uma luz para quem estiver em dúvida do que assistir. Tratam-se de equipes fortes, de potencial e com capacidade de proporcionar um espetáculo facilmente. Além disso, vale ressaltar as narrativas que acompanham essas equipes, que podem perdurar por um bom tempo. As dez equipes não têm peso maior de acordo com a posição, apenas foram colocadas randomicamente, e nada impede que outras equipes não possam ser boas de assistir também.

Brooklyn Nets

Talvez a equipe mais badalada do momento. A franquia Nets começou em Nova York, depois teve boas temporadas em Nova Jersey e desde 2013 está no Brooklyn. Desde sua chegada, não conseguiu garantir muito sucesso, no máximo uma queda na semifinal de conferência. Mas quando anunciaram as contratações de Kyrie Irving e Kevin Durant em 2019, a franquia voltou aos holofotes.

Após uma primeira temporada sem Kevin Durant, a de 2020/21 marcará o seu tão aguardado retorno às quadras e estreia pela equipe de Nova York. Não apenas pela volta de Durant como também pela sua parceria com Irving, que tornará os Nets um time bastante interessante de acompanhar. Além disso, o novo Head Coach da equipe é o Hall of Famer Steve Nash, que comandará uma equipe pela primeira vez e será mais um atrativo para acompanhar de perto a temporada dos Nets.

Fugindo um pouco das estrelas, os Nets têm um potencial muito grande para brigar pelas primeiras posições de sua conferência, com um elenco de jovens talentos, como Caris LeVert e Jarrett Allen, e de jogadores mais experiente, como DeAndre Jordan e Jeff Green. O Brooklyn Nets será um dos protagonistas desse ano.

Phoenix Suns

Muitos diziam que a ideia da bolha da NBA era uma loucura e que chamar times como o Phoenix Suns era mais ainda. Porém, a bolha da NBA pode ter sido o melhor acontecimento dos Suns em muitos anos. A equipe desacreditada venceu as oito partidas da bolha e por muito pouco não chegou aos playoffs, mas disputar a pós-temporada não foi nada demais, porque só aquela sequência inspirou o Suns a perceber que eles têm talento sobrando.

Depois de tantos anos sofridos, finalmente o Phoenix Suns pode brilhar novamente, porque a vinda de Chris Paul pode ser fundamental para o retorno da equipe do Arizona aos playoffs. Mas o armador de 15 anos de liga precisará se contentar com o protagonismo de Devin Booker, um talentoso jogador que vive escondido no ostracismo da equipe. E toda essa necessidade de evolução da franquia está por conta da manutenção de Booker no elenco, porque se a equipe continua numa reformulação sempre, o jogador encontrará outro destino logo menos.

E toda a narrativa de Devin Booker será um dos principais pontos desse Phoenix Suns 2020/21: será que ele consegue comandar uma equipe aos playoffs? Além disso, vai ser interessante de vê-lo atuar ao lado de Chris Paul, que mostrou um valor gigante jogando por OKC na última temporada, tanto com o seu talento quanto seu fator psicológico. Quanto ao resto do time, será interessante ver como Deandre Ayton, Mikal Bridges, Jalen Smith, Cameron Johnson e Jevon Carter poderão evoluir e colocar essa equipe de volta aos playoffs, depois de 11 anos.

Atlanta Hawks

Depois de alguns anos com maus resultados, chegou a vez do Atlanta Hawks tentar brigar por playoffs novamente. A equipe se reforçou em peso nessa offseason, trazendo Bogdan Bogdanovic, Danilo Gallinari e Rajon Rondo, sem mencionar a escolha de Onyeka Okongwu, um dos melhores pivôs do Draft. Além disso, os Hawks contam com o seu all-star, Trae Young, e os diversos jovens jogadores, que finalmente podem deslanchar em 2020/21.

Com esse novo cenário em Atlanta, a equipe volta para o radar de equipes de playoff, igual àquela equipe de 2014 a 2017. O que transforma essa equipe numa possível potência é a diversidade de jogadores dentro do elenco: dos mais novos até os mais experientes e com bons jogadores vindos do banco que fazem várias funções. Essa evolução será importante para conseguir manter o alto nível de Trae Young, que agora poderá ser potencializado num cenário mais competitivo. 

Um dos deleites dessa temporada vai ser acompanhar esse Atlanta Hawks, que poderá ser um dos melhores times da conferência leste, caso a equipe se encaixe bem. Sem falar numa possível disputa de MVP para Trae Young, que no fraco time do ano passado conseguiu 29.6 pontos e 9.3 assistências por jogo. Um dos principais potenciais da liga é esse time dos Hawks, portanto vale a pena buscar jogos deles.

Milwaukee Bucks

Não tem equipe que as pessoas esperam melhores resultados que os Bucks. Eles tiveram a melhor campanha da temporada e foram os mais comentados durante toda a offseason, com a possibilidade do atual MVP pedir uma troca. Agora o torcedor pode ficar mais tranquilo, pois ele assinou sua extensão e ficará por muitos anos ainda, pondo um fim a uma história tão controversa.

Com um cenário de bastidores mais calmo, é possível olhar para o basquete melhor; e isso o Milwaukee Bucks tem de sobra. A melhor campanha na temporada passada não foi suficiente para eliminar o Miami Heat na semifinal de conferência, e a derrota serviu para expor diversos problemas da equipe, principalmente a limitação ofensiva. Para acabar com isso, a vinda de Jrue Holiday foi certeira: um jogador que defende e ataca como ninguém, além de D.J. Augustin, um armador que vindo do banco, pode manter o nível.

Com esse cenário, será interessante ver como técnico Mike Budenholzer encaixará essa equipe, e se vão conseguir continuar a dominância na conferência leste. Essa temporada será mais importante para analisar as narrativas em volta dessa equipe: Giannis fez bem ao assinar a extensão? Budenholzer conseguirá colocar os Bucks na altura de seus jogadores? O time titular vai dar certo sem um armador de ofício? São essas questões - fora os seus jogadores - que fazem o Milwaukee Bucks ser muito interessante.

Philadelphia 76ers

Uma das equipes mais divertidas de se acompanhar na NBA é o Philadelphia 76ers. Na temporada passada, a equipe teve uma das melhores campanhas em casa, mas também obteve uma das piores campanhas jogando fora de casa. Toda temporada diversos jogadores entram e saem do elenco, alguns chegam com contratos exorbitantes e outros saem insatisfeitos. Mas a promessa dessa temporada é justamente não cometer tantos erros assim, visto que a chegada de Daryl Morey, ex-General Manager dos Rockets, tem a expectativa de corrigir os erros.

Para ampliar ainda mais a reformulação, trouxeram o técnico Doc Rivers, que estava nos Clippers, com a intenção de fazer com que seus astros Ben Simmons e Joel Embiid se encaixem melhor dentro de quadra. Outros jogadores apareceram para melhorar a equipe nesta temporada, principalmente chutadores de perímetro - uma das deficiências do time na última temporada -, como Seth Curry e Danny Green.

O grande desafio dos 76ers é transformar essa equipe de bons jogadores em regular e confiável para o torcedor. A equipe da Philadelphia muitas vezes mostrava capacidade de bater as melhores equipes da liga e perder para outras mais fracas, algo que a tornava inconstante e muitas vezes imprevisível. Mais do que conquistas ou ir longe nos playoffs, os 76ers precisarão criar uma cultura de basquete mais forte, e um técnico como Doc Rivers, que é tão focado nesse lado psicológico, pode ser essencial. Por essa nova cara da equipe e do que todos esperam dela, os 76ers é um time que deve ganhar mais atenção.

Houston Rockets

Se você gosta de caos e brigas, então o melhor time para acompanhar nesta temporada é o Houston Rockets. Como todos sabem, James Harden não está nada satisfeito com a franquia e já comunicou o seu desejo de sair. A situação que está vigente na franquia texana foi construída aos poucos, pois o ex-técnico Mike D'Antoni e o ex-General Manager Daryl Morey fizeram trocas que deixaram a equipe ainda mais forte na cultura do "small ball", e, claro, a influência de Harden nesses trocas eram fortes também, principalmente na troca entre Westbrook e Chris Paul.

Com todas as mudanças na equipe, o novo treinador é Stephen Silas, que passou muito tempo como auxiliar de Rick Carlisle, no Mavericks. Assim como o técnico dos Mavs, Silas também acredita no potencial das bolas de três, algo que já faz parte da cultura dos Rockets e que será mantida por ele, apenas sofrerá alterações em comparação com a temporada passada. Na verdade, foram muitas alterações, principalmente no time titular, que ganhará um pivô, DeMarcus Cousins, e um armador novo, John Wall, que chegou da troca de Westbrook.

Nesse cenário, completamente novo e indefinido, a temporada dos Rockets será muito interessante de ser acompanhada, justamente pelas apostas que a franquia de Houston fez: John Wall e DeMarcus Cousins voltando de lesão, um novo treinador e uma cultura diferente. Também, sem falar no imbróglio com James Harden, que pode resultar em grandes polêmicas. Portanto, o Houston Rockets valerá a pena acompanhar para conseguir enxergar o que será dessa equipe e se ela tem futuro.

Portland Trail Blazers

Se tem uma equipe que é impossível de parar de acompanhar, essa equipe é o Portland Trail Blazers. Após conseguirem a façanha de chegar na final de conferência da temporada retrasada, a temporada seguinte não foi de mesmo sucesso: foram muitas derrotas, lesões e problemas na defesa que impediram a equipe de decolar na temporada. Mas, apesar de todos os problemas, garantiu a vaga aos playoffs, e ainda tirou uma vitória contra os Lakers.

Agora, o cenário poderá ser diferente no Oregon, pois ninguém está machucado e a equipe se fortaleceu nessa offseason. As chegadas de Robert Covington e Derrick Jones Jr. têm a intenção de fortalecer o sistema defensivo, o qual sofreu muito durante a temporada regular e, principalmente, playoffs. Outro motivo para acreditar na força dos Blazers é Damian Lillard. O armador - e rapper nas horas vagas - recebeu o prêmio de melhor jogador da bolha e foi o principal responsável em colocar a franquia nos playoffs, e nessa temporada ele poderá ser um dos candidatos a MVP.

Com isso, a importância de acompanhar o Portland Trail Blazers é pelo potencial que essa equipe poderá alcançar e, claro, por Damian Lillard. Espalhados por toda a NBA, existem jogadores que conseguem transformar qualquer partida num espetáculo, e Dame é um desses "showman". Em 2020/21, poderemos acompanhar Lillard, C.J. McCollum e Carmelo Anthony colocando sua equipe nas primeiras posições de conferência, além de provar suas habilidades por mais um ano.

Charlotte Hornets

Por incrível que pareça, essa temporada poderá ser positiva para a franquia da Carolina do Norte. A franquia, antes chamada de Bobcats, foi adquirida pela lenda do esporte, Michael Jordan, em 2010. Desde então, foram apenas três idas aos playoffs, perdendo todas na primeira rodada; sem falar na falta de prestígio da franquia, que é relativamente nova e de um mercado consumidor pequeno.

Mas por que essa temporada pode ser diferente das demais? Pelo simples motivo da franquia ter, finalmente, ganhado um certo "hype" dos torcedores. O Draft 2020 levou mais um membro da família Ball para a NBA, mais precisamente LaMelo Ball; além dele, Gordon Hayward saiu de Boston e decidiu ser um "protagonista" em Charlotte; e a equipe conta ainda com muitos jovens, que, ao passar das temporadas, vão evoluir ainda mais, portanto talvez seja a temporada que Miles Bridges, P.J. Washington e Malik Monk evoluam ainda mais.

As expectativas para o time são bem variadas: alguns acreditam que não tem tanto futuro, outros acreditam em briga por playoffs, e por aí vai. Mas o mais importante será ver como essa equipe vai conseguir usar esse bom momento deles para ganhar mais visibilidade e destaque num cenário amplo da NBA. Ball poderá ser de suma importância nesse processo, visto que o jogador tem mais mídia que a própria equipe, mas o principal mesmo será o seu jogo de passes rebuscados e jogadas bonitas, que podem garantir o espetáculo e a atenção de muitos. Valerá a pena acompanhar de perto esse time.

Washington Wizards

Uma das equipes que mais se reforçaram nessa offseason foram os Wizards. Na temporada passada, eles chegaram a ir para a bolha na Disney, mas apenas para ganhar um jogo, que já não valia mais nada. Para não repetir a campanha ruim da temporada passada, os Wizards conseguiram trocar uma de suas estrelas, John Wall, que já estava há muito tempo machucado, por Russell Westbrook, além de draftar um dos prospectos mais interessantes desse Draft, Deni Avdija.

A grande força por trás dos Wizards é o ataque, na verdade, é um dos melhores poderios ofensivos de toda a liga, mas o que sempre fazia os Wizards perderem tantos jogos era a defesa. Em 2020/21, não é nada certo que a defesa vá melhorar completamente, mas o calouro Avdija e o experiente Robin Lopez chegaram para melhorar a defesa, ou, no mínimo, diminuir a fraqueza. Enquanto isso, o ataque pode crescer ainda mais de produção, pois Bradley Beal vem de uma temporada com médias de 30.5 pontos e 6.1 assistências por jogo e terá ao seu lado Westbrook, um jogador explosivo no ataque que é a cara dos Wizards.

Em geral, talvez a defesa possa ainda ser um problema, mas, com certeza, o ataque ainda proporcionará ótimos espetáculos e partidas eletrizantes, de muitos pontos. Será interessante acompanhar a equipe da capital para ver a nova geração de jogadores crescerem, como Avdija e Hachimura, e de esperar uma competitividade maior do time, para embolar a briga por playoffs da conferência leste.

Los Angeles Lakers

Chegou a vez do atual campeão da liga. O Los Angeles Lakers finalmente venceu o título da NBA, depois de dez anos, e no ano da morte de Kobe Bryant, no complexo da Disney. Com um projeto ousado de trazer LeBron James e Anthony Davis, a meta da equipe é bastante clara: vencer muitos títulos, e é exatamente isso que a franquia da Califórnia buscará. Esse ano, o elenco foi escolhido mais a dedo e as substituições foram pontuais, aparentando estar melhor do que a temporada passada.

Contudo, uma das forças da equipe era o elenco, que mostrava ser muito unido, principalmente após a morte de Kobe, e que agora perdeu vários integrantes. Além da questão de elenco, os Lakers precisarão mostrar novas ideias e táticas, pois toda a NBA conhece exatamente o estilo de jogo e, talvez, até como vencê-los. Apesar de todas essas questões, a equipe conseguiu maneiras de diminuir o impacto: muitos jogadores saíram, isso é fato, mas os pilares do elenco, até mesmo os jogadores que não entram em quadra regularmente, permaneceram; o técnico Frank Vogel, que não era muito reconhecido até mesmo pela própria torcida, destacou-se nos playoffs, quando precisou fazer ajustes e variar táticas.

Os Lakers são, de longe, a principal aposta para o título desta temporada, e por isso valerá a pena acompanhar de perto como essa equipe vai tentar manter a sua superioridade e segurar os novos desafios de uma temporada nova. Além disso, sempre é ótimo de acompanhar jogadores como James e Davis, que colocam o espetáculo do basquete em outro patamar.

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