Depois de oito jogos na bolha, diversos pontos interessantes surgiram na bolha e muitos jogadores provaram seu valor.
Reprodução/Offside Seattle |
Desde a parada da NBA por conta da Covid-19, os fãs da bola laranja sentiam falta de ver um bom jogo de basquete na sua televisão. Meses depois da parada, a proposta da bolha surgiu, e encheu os torcedores de esperanças. Depois de muitas controvérsias e algumas incertezas de alguns jogadores, todos que iriam jogar chegaram na bolha e esperaram até o dia 30 para dar início aos trabalhos, retomando a temporada regular.
Se alguém sentia muita falta de ver os jogos da NBA, conseguiu matar bastante a saudade, pois nesses últimos 17 dias foram jogados 176 jogos da temporada regular, quase uma overdose de NBA. Sem falar dos jogos de aquecimento e do torneio Play-In, que aumentam mais esse número. Dentre todos esses jogos, é impossível não notar as diferenças das novas arenas e do próprio jogo em si, tudo impulsionado pela publicidade também: "Whole New Game". Não só as quadras como os jogadores aproveitaram para deixar suas marcas em grandes jogos também.
As disputas por playoffs e pelo torneio Play-In
Quando viram essa ideia de torneio Play-In, o qual o nono poderia disputar com o oitavo a possibilidade de ir aos playoffs, muitas pessoas não compraram. A principal atração da bolha, porém, foi justamente essa briga acirrada pela vaga nos playoffs, que ganhou um incentivo maior ainda com o Play-In.
Nesta disputa, estava os Blazers, Pelicans, Spurs, Kings e Suns. Mas fora de se estranhar quando vimos que o time da cidade de Phoenix iria para a bolha. Era um time que não tinha uma campanha muito boa na temporada (26-39), e só foram para a bolha por conta da matemática que incluiu o Washington Wizards no Leste (25-40).
Com chances menores que 1%, o Phoenix Suns fora liderado por Devin Booker e pelo discurso motivador do técnico Monty Williams, garantindo um retrospecto de OITO vitórias e ZERO derrotas. Menos de 1% de chances, 100% aproveitamento. Entre essas vitórias, bateu times como Clippers (buzzer beater), Mavs e Heat. Além disso, as mídias sociais dos Suns foram essenciais para fazer o time ser um dos queridinhos da torcida, praticamente uma mobilização encima do "SeleSuns".
Mesmo com uma campanha 8-0, isto não foi suficiente para levar a equipe de Phoenix aos playoffs. Uma outra equipe, melhor posicionada na tabela desde o início, conseguiu chegar em oitavo e bater o Memphis Grizzlies no Play-In: Portland Trail Blazers. O time de Damian Lillard venceu seis jogos, e contou com as seis derrotas do Grizzlies para tomar o oitavo lugar e ter vantagem no Play-In, que foi vencida em apenas um jogo.
A quadra, o telão e os árbitros
Falando de um aspecto mais perceptivo dessa retomada, as três arenas usadas nos jogos eram iguais: linhas pretas, nada colorido e um grande logo da NBA. Isto fora feito porque não tinha tempo para ficar trocando os pisos, como é normalmente feito nas arenas das equipes. Mas algo que, de fato, modificou o jogo fora o espaço maior que os jogadores tinham entre as quatro linhas, onde, normalmente, estariam os torcedores e os fotógrafos. Esse espaçamento maior fez com que os jogadores pudessem se jogar mais para impedir que a bola saísse de campo, ou, também, conseguir arremessar e não se preocupar em cair em algum torcedor.
A quadra por mais que tenha ganhado esse bônus de performance, ela não tinha uma de suas características principais: mostrar quem é o time da casa. O papel ficara com os telões da arena. O time da casa tinha o controle dos telões, portanto os torcedores virtuais - alguns muito engraçados - poderiam fazer a festa lá. Além disso, apareciam as cores e os designs da equipe, o que, de certa forma, era o principal indicador de mando de campo.
Outro detalhe bastante interessante fora os árbitros. É normal haver diversas reclamações com os juízes, algumas faltas na NBA são interpretativas mesmo, mas a quantidade de faltas marcadas foram acima do normal; incluindo as faltas técnicas, que são comumente dadas aos jogadores que reclamam demais da arbitragem na partida - isto pode ser explicado pelo fato das arenas estarem vazias e os árbitros conseguirem ouvir mais. Uma partida do primeiro dia entre as equipes de Los Angeles chegou na marca de 57 faltas.
Alguns desempenhos individuais
Devido à tabela praticamente certa, a Conferência Leste não obteve grandiosas atuações de seus jogadores, muitos se resguardaram para os playoffs e não deram tanto show. Entretanto, o maior destaque não só da conferência, mas também de toda a bolha foi TJ Warren. O ala do Indiana Pacers conseguiu jogos de 40 e 50 pontos na bolha, o que surpreende muitos pois o jogador tinha uma média de aproximadamente 19 pontos por jogo na temporada, mas na bolha foram 31 pontos por jogo.
Já na Conferência Oeste, outro jogador que fora o diferencial para o sucesso do seu time na bolha é Devin Booker. Apesar da equipe de Phoenix não ter se classificado, Booker foi o maestro dessa equipe e a principal fonte de esperança dos muitos fãs dos Suns nesta bolha. O jogador teve uma média de 30.5 pontos por jogo nesses oito jogos e fora o símbolo de uma sequência que o torcedor do Phoenix Suns não via há muito tempo.
Mas o melhor dessa bolha fora Damian Lillard, sem dúvidas. Não é a toa que ele recebeu o prêmio de MVP da bolha pela NBA, e ainda por cima de maneira unânime. Ele, simplesmente, apresentou uma média de 36.8 pontos por jogo, com um jogo de 61 pontos, outro de 51 e um de 45. Um dos pilares da equipe do Porland Trail Blazers, classificada para os playoffs após derrotar o Memphis Grizzlies no Play-In. Agora, a equipe de Portland enfrentará o Los Angeles Lakers.
Outros nomes que não foram tão impactantes que os jogadores acima, mas que deram trabalho para defesas adversárias: James Harden, Luka Doncic, Giannis Antetokounmpo, Caris LeVert, Michael Porter Jr. e DeMar DeRozen.
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